terça-feira, 26 de abril de 2011

A linguagem é o passaporte da humanidade.

As ocorrências da Natureza se fazem no silêncio. Alguns seres, no entanto, desenvolveram aparelho auditivo e puderam reconhecer as variações do ar em movimento. A manipulação sutil do ar e a experiência em comum possibilita o sentido desses variações.
Hoje, a tantos milhares de anos que utilizamos símbolos, a partir do momento da adoção da escrita, a vida em humana se tornou representativa. "Humano" tem significado distinto em diferentes lugares e em diferentes  épocas. Vale aqui notar que quando se fala em Direitos Humanos, deve-se perguntar qual é o significado de Humano de modo que se possa definir quais serão os Direitos.
Vivemos no mundo social, que é um mundo de Representatividade, de Símbolos, de Significados. Nesse mundo é preciso ter habilidade com textos; é preciso gradualmente adquirir mais vocabulário.
Conhecer as palavras apropriadas ao momento e saber dar expressão Humana ao mundo silencioso da Natureza não é operação trivial.
A falência do vocabulário e a utilização superficial dos recursos linguísticos representa portas fechadas para muitos caminhos da vida humana. Reconhecer variações sutis da linguagem é a diferença entre a pessoa polida da pessoa bruta. As cores da vida humana são mais que branco e preto. E os caminhos são mais que certo e errado. Entre os limites existem as variações. Essas variações ampliam o mundo de quem as reconhece. A palavra abriu as portas da expressão humana no habitat silencioso da Natureza. O poeta sabe muito bem disso. Ele sabe como transformar sentimentos silenciosos e sem significados em expressão libertadora e carregada de sentido. E quando descobrimos o nosso poeta, descobrimos também nossa liberdade.
A linguagem é o passaporte de nossa natureza animalesca para o mundo Histórico da Humanidade. Pense nisso e cuidado com o mundo de 140 caracteres.


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